Página 43 - Paulo J. Mendes

 43 - Paulo J. Mendes

  

Paulo J. Mendes nasceu no Porto em 1965. Frequentou a Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis, sendo dessa altura os primeiros e toscos esforços em BD, que publica no fanzine Comicarte, com cuja estrutura associativa colaboraria na organização das primeiras edições do Salão de Banda Desenhada do Porto. Participaria em algumas publicações de efémera duração, como o Jornal de Ramalde ou o descabelado fanzine "Düdü", que cria com dois amigos.

A vida profissional e outros interesses irão afastá-lo por algumas décadas do universo da BD, como desenhador e leitor.
Trabalhou como desenhador publicitário em listas telefónicas e como pintor de azulejaria, tendo de permeio experiências diversas como a ilustração de temática ferroviária, desenho de medalha e de ex-líbris e ainda a pintura em aguarela.
Em 2014, começou ainda a praticar "urban sketching".

O reencontro com a BD, desencadeado pela leitura de romances gráficos, foi como o acordar de um longo coma, reavivando o interesse e a vontade de tornar a meter as mãos na massa – juntando uma série de ideias soltas, leva a efeito um exercício de retoma ao longo de ano e meio. O resultado é "O Penteador", e e, dois anos depois,  "Elviro", ambos publicados sob a chancela da editora Escorpião Azul.

instagram.com/pauloj.mendes

Página 42 - Daniel Maia

 

42 - Daniel Maia

 

DANIEL MAIA é autor de BD e ilustrador publicitário, com 25 anos de experiência no mercado. Além de trabalhos gráficos, a sua actividade no sector da BD estende-se à edição, à organização de exposições e workshops, à escrita de artigos e críticas literárias, tendo ainda sido júri em prémios e concursos.

As suas BDs foram expostas em mais de 60 mostras em Portugal, Espanha, Reino Unido, República Popular da China e Bélgica, tendo, nos dois últimos, integrando comitivas em representação da BD portuguesa. Está referenciado (como Daniel Silva) no Dicionário dos Autores Portugueses de BD e Cartoon (1999) e Larousse de la Bande Dessinée (2004).

 

Entre outros prémios e menções, venceu o Prémio da Crítica Especializada para Artista Revelação (1995) e foi distinguido como Melhor Desenho Português (2006), Melhor Publicação Independente (2010) e Melhor Obra Curta (2018) nos Troféus Central Comics, e foi o único autor português entre os doze vencedores da ChesterQuest - Busca Mundial de Talentos da Marvel Comics (2009). Em 2022, foi nomeado para Melhor Obra de BD de Autor Português no Prémio de BD da Amadora e para Melhor Ilustração em Obra Nacional no 4º Prémio Bandas Desenhadas, por CoBrA: Operação Goa, escrito por Marco Calhorda (Ala dos Livros, 2022).

 

Em 2001, foi o primeiro autor português a editar no mercado norte-americano, na revista-catálogo Previews #8, tendo de seguida, entre 2003 e 2005, desenvolvido novelas gráficas para as editoras Platinum Publishing e Thomas Nelson LLC./Harper Collins Inc., porém inéditas.

Com quase 200 títulos publicados, entre álbuns, catálogos, revistas e fanzines, as suas edições mais relevantes são Compêndio (1996), Variance #1 (2002), Pão-de-Law (2005), Venham+5 vol.5 (2008), O Infante Portugal e As Sombras Mutantes (2012), X vol.3 – Siege (2014), O Infante Portugal em Universos Reunidos e Dias de Horror (2017), Universal Declaration of Human Rights: An Illustrated Book e Virar a Página (2020), Os Contos mais Épicos de Conan e A Matter of Right (2021), Aurora Boreal em Reflexos Partilhados e CoBrA: Operação Goa (2022).

 

Em 2019, em parceria com a Tertúlia BD de Lisboa, editou o Tertúlia BDzine #187, produzindo com autores do grupo Tágide o tributo a Geraldes Lino, “Além Lino,” uma BD colectiva depois nomeada como Melhor BD Curta e Melhor Publicação Independente no XVII Troféus Central Comics.